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ESTUDANTE SOFRE ACIDENTE DURANTE EXPERIMENTO EM ESCOLA

terça-feira, 30 de novembro de 2021

A aluna de 2° ano, Annelise Lopes Andrade, 16 anos, deu entrada em estado grave no Hospital de Urgência Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, após sofrer um acidente durante um experimento realizado em uma escola estadual localizada na cidade de Anápolis-GO.


Segundo o coordenador da escola, Marcos Gomes, um grupo de alunos que estavam tendo aulas remotas, pediram pra gravar um experimento de Física e Química, sem a presença do professor, em uma sala da escola. Ainda segundo ele, os alunos não informaram que tipo de experimento eles realizariam. 


O coordenador informou que “eles disseram que colocaram fogo ao álcool, mas que acharam que não tinha pego. Por isso, foram colocar mais [álcool] e houve a explosão”.


Embora se tratasse de um grupo de alunos, apenas Annelise se machucou. Ela foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e levada de helicóptero em estado grave para o hospital. 


Marcos ainda informou que irá consultar o sistema interno de monitoramento da escola afim de encontrar imagens que esclareçam o que de fato aconteceu.

Fonte: G1 Goiás

Nota: É sempre importante, durante a realização de qualquer experimento, a presença do professor. Em um contexto de aulas remotas, é de extrema importância seguir rigorosamente as medidas de segurança, além de obedecer o roteiro da aula experimental. Todo cuidado é pouco! Na torcida pela breve recuperação da Annelise. 

O COMPONENTES DE QUÍMICA NA PROVA DO ENEM 2021

terça-feira, 30 de novembro de 2021

Na tarde do último domingo (28/11), foi realizada em todo o Brasil a segunda prova do Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM 2021. Na ocasião os estudantes tiveram que responder aos itens sobre Ciências da Natureza e suas tecnologias, que compreendem aos componentes curriculares de Física, Química e Biologia além dos itens da parte de Matemática e suas tecnologias. 


Apesar da grande expectativa sobre edição do exame essa ano (demissão em massa de servidores do INEP, suspeita de interferência do governo na elaboração da prova...), o certame foi marcado por uma relativa tranquilidade. Não fossem os tradicionais atrasados do ENEM, o número baixo de inscritos e um ou outro incidente de falta de energia elétrica nos locais de prova, os telejornais não teriam muito conteúdo para noticiar. 


Em se tratando especificamente do conteúdo de Química na prova a Eletroquímica, Estequiometria, isomeria, conceito ácido-base e os tópicos de Química Orgânica saltaram os olhos do estudantes. A exemplo do que vem sendo observando nas últimas edições, o exame cobra, cada vez mais, conhecimento aprofundado de conteúdos químicos. 


Esse fato, entretanto, talvez explique porque a maioria dos estudantes de escolas públicas que fizeram a prova esse ano, saíram reclamando de não conseguirem responder à muitos itens da prova. Quando olhamos para as condições de aprendizagem à que esses alunos foram submetidos desde que se iniciou a pandemia, fica fácil identificar o motivo da grande reclamação dos estudantes da rede pública.


Eu, que dou aula para alunos da rede particular e estadual, sofri na pela a dificuldade de se aprofundar em temas químicos na rede estadual, enquanto que para os alunos da rede particular, como um número maior de aulas semanais e recursos pedagógicos e tecnológicos fornecidos pelas instituições privadas, puder me aprofundar melhor nos tópicos de química e assim oferecer melhores condições para que os alunos enfrentassem a maratona de itens que a prova trouxe.


O ENEM 2021 nos mostrou que os componentes curriculares são cada vez mais essenciais para se resolver de maneira correta os itens do ENEM na parte de Química e também das demais disciplinas que fazem parte da área das Ciências da Natureza de forma geral.


Assim, amigo estudante, você já tem um norte a seguir para mandar bem na próxima edição do ENEM.


Foco e boa sorte!


Profº Márcio Marshal

@marcio_marshal

CIENTISTAS DA USP CRIAM "CANETA" QUE DETECTA BPA NA ÁGUA

segunda feira, 06 de dezembro de 2021                                         

Esse dispositivo que mais perece uma caneta, é um sensor desenvolvido por pesquisadores dos institutos de Física (IFSC) e de Química (IQSC) da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos. Segundo seus criadores, ele é capaz de analisar e detectar poluentes químicos presentes na água.

O sensor é fabricado com grafite e nanopartículas de prata e poliuretano é capaz de detectar o bisfenol-A (BPA) - composto químico considerado um marcador molecular da presença de contaminantes emergentes, como produtos farmacêuticos, hormônios e pesticidas, entre outros.

Segundo o coordenador do trabalho, Paulo Augusto Raimundo Pereira, dentre os vários poluentes químicos descartados no meio ambiente, os interferentes endócrinos, o BPA destaca-se, pois o mesmo é comumente utilizado na produção de policarbonato e em vernizes que revestem latas de alumínio.

Mesmo que se encontre em baixa concentração no organismo, o BPA é capaz de interferir no sistema endócrino do organismo e causar sérios prejuízos à saúde, como desequilíbrio hormonal, infertilidade e câncer em órgãos reprodutores.

Na fabricação do pen sensor, como foi batizado o dispositivo, foram utilizados materiais segundo critérios de combinação entre eles, estabilidade, facilidade de limpeza, simplicidade e baixo custo de preparação. O poliuretano, por exemplo, é um polímero ecologicamente correto e é obtido a partir do óleo da mamona.

Fonte: UOL

https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2021/12/06/sensor-em-formato-de-caneta-detecta-se-agua-tem-poluentes-quimicos.htm  

UNICEF: Efeitos de Perdas Educacionais no Brasil por conta da COVID é muito grave e é preciso agir rápido

Segunda feira, 24 de janeiro de 2022                                                                                                                                                                          By MÁRCIO MARSHAL

No próximo mês de março, a suspenção das aulas presenciais em nosso pais completa 2 anos. Mesmo depois de uma grande parte da população brasileira ter sido vacinada com duas doses de imunizantes contra o vírus da COVID, as aulas presenciais do ano letivo de 2022 estão ameaçadas não retornarem em sua totalidade em várias regiões do país por causa da variante Ômicrom. E as perdas educacionais devido à suspensão das aulas só aumentam. É o que diz um informe do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

Para Robert Jenkins, chefe Global de Educação da UNICEF, "...estamos diante de uma perda quase sem volta para a escolaridade das crianças." Ele acredita que não basta apenas abrir as escolas e ser retomada as aulas presenciais. "Os estudantes precisam de apoio intensivo para recuperar a educação perdida. As escolas também devem ir além dos locais de aprendizagem para construir a saúde mental e física das crianças, o desenvolvimento social e a nutrição.", afirmou ele.

O informe aponta que crianças mais novas e vulneráveis foram as que acumulam as maiores perdas educacionais em habilidades básicas de aritmética e alfabetização. Além de deixarem de aprender, os alunos ainda perderam habilidades que já haviam adquirido. 

Evasão Escolar

O relatório que traz informações sobre a educação em vários países, informa que no Brasil, um em cada 10 alunos (10%) não pretendem retornar à escolas assim que as aulas retornarem. 

Em países de baixa e média renda a perda no aprendizado motivadas pelo fechamento das escolas deixaram até 70% das crianças de até 10 anos, incapazes de ler ou entender um texto simples. Antes da pandemia, esse percentual não passava de 53%. 

A pandemia e a suspensão das aulas provocou problemas emocionais e psicológicos nas crianças

Várias evidências mostram que a covid-19 causou altas taxas de ansiedade e depressão entre crianças e jovens, pois a socialização dos alunos foi prejudicada. 

Além disso, o informe ainda afirma que 370 milhões de crianças em todo mundo ficaram sem merenda escolar durante o fechamento das escolas, perdendo, dessa forma, a única fonte confiável de alimentação e nutrição diária para algumas crianças.

Mais alguns dados do Informe UNICEF

Fonte: https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/covid-19-extensao-da-perda-na-educacao-no-mundo-e-grave

NOTA: Há quase um ano atrás, um relatório do Banco Mundial já trazia informações alarmantes sobre as perdas educacionais provocadas pela suspensão das aulas (conferir no link abaixo). Outras pesquisas também confirmam ou estimam essas perdas que nós professores já percebemos durante nossas aulas, sejam elas remotas, presenciais ou híbridas. É preciso agir rápido, pois essas perdas são e serão sofridas por todos. É uma geração inteira de alunos do fundamental, médio e até do ensino superior, sofrendo as mazelas da covid na educação. (Márcio Marshal)


https://educador360.com/gestao/banco-mundial-aponta-efeitos-da-covid-na-educacao/ 


Durante a pandemia, número de crianças entre 6 e 7 anos que não sabem leu ou escrever aumentou em 1 milhão, segundo Todos Pela Educação

Terça feira, 08 de fevereiro de 2022

66% foi o percentual de aumento, durante a pandemia, no número de crianças entre 6 e 7 anos que não conseguem ler  ou escrever, segundo o afirma a nota técnica do Todos Pela Educação com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), do IBGE.

A nota técnica "Impactos da pandemia na alfabetização de crianças", afirma que entre 2019 e 2021, o total de crianças que não sabia ler ou escrever saltou 1,4 milhão para 2,4 milhões, o que equivale À um aumento de 66%, aproximadamente.

A mesma nota, afirma que de 2019 à 2021, o percentual de crianças que não foram alfabetizadas, passou de 25,1% para 40,8%, um aumento significativo, pois esses são os piores valores em dez anos de acompanhamento desse indicador.

O coordenador de políticas educacionais do Todos Pela Educação, Ivan Gontijo, afirmou que "Os dados reforçam o impacto da pandemia na educação, com o aumento de alunos fora da escola por abandono ou evasão, queda na aprendizagem e aumento das desigualdades nos recorte raça e cor e condições econômicas."

O relatório ainda traz a informação de que a situação de crianças com maior vunerabilidade econômica é ainda mais preocupante, porque durante a suspensão das aulas presencias, elas nem sempre dispunham de internet, equipamentos e professores preparados para o ensino remoto.

Fonte: https://noticias.r7.com/educacao/cresce-66-o-total-de-criancas-que-nao-sabem-ler-nem-escrever-no-brasil-08022022

NOTA: Essa não é o primeiro e, infelizmente, não será o último relatório produzido por órgãos preocupados com a educação que trazem dados preocupantes sobre as perdas pedagógicas derivadas da pandemia. A sociedade de maneira geral, escolas, famílias, ONGs, governos..., todos devem se esforçar para diminuir todas as lacunas deixadas pela pandemia na educação.  (Márcio Marshal)

ENEM DE 2024 TERÁ PROVAS DISCURSIVAS E SERÁ DIVIDIDA POR ÁREAS

Terça feira, 15 de março de 2022

O Conselho Nacional de Educação (CNE), aprovou parecer na última segunda feira (14/03/2022), que trata de mudanças significativas na prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).

Segundo o parecer, as principais mudanças são:

1 - Exame em duas etapas. Na primeira etapa, os alunos responderiam itens de conhecimentos gerais mais a redação. Nessa fase, os conhecimentos gerais englobariam todas as disciplinas de uma base comum. Já na segunda, as questões exigiriam conhecimentos específicos de acordo com as quatro áreas do conhecimento: Ciências Humanas, Ciências da Natureza, Linguagens e Códigos e Matemática.

2 - Inclusão de questões discursivas. Pela proposta do parecer, na segunda etapa, além de questões objetivas de múltipla escolha, os alunos também deverão responder questões discursivas de acordo a área do conhecimento escolhida por eles no momento da inscrição. 

As mudanças visam adequar o exame nacional ao novo Ensino Médio que está em fase de implementação em turmas de 1º ano agora em 2022. A previsão é que em 2024, todas as turmas de ensino médio do país já estejam trabalhando no novo modelo de ensino.

Ainda segundo o parecer do CNE, caberá as instituições de ensino superior, a responsabilidade de enquadrar seus cursos de graduação em cada área de conhecimento. Pelo documento, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), ficará responsável pela definição de uma nova Matriz de Referência para o ENEM, que não sofreu nenhuma modificação desde 2009.  

Fonte: https://vestibular.brasilescola.uol.com.br/enem/enem-tera-duas-fases-e-questoes-discursivas-a-partir-de-2024/352298.html

NOTA: Essa mudança no formato do ENEM já era esperada, uma vez que a proposta do exame é avaliar o ensino médio, não fazia sentido o Ensino Médio ser trabalhado por áreas, enquanto que o ENEM continuava cobrando todas as áreas do conhecimento em uma única prova. Entretanto, atualmente temos algumas perguntas inquietantes, como por exemplo: 1 - A Matriz de Referência que será definida pelo INEP, contemplará todos itinerários formativos ofertados pelas escolas Brasil afora? 2 - Todas as escolas públicas do país que ofertam o ensino médio, terão condições de ofertar todas as áreas de conhecimento, ou será o caso o aluno optar por essa ou aquela escola, porque ela oferece aprofundamento em sua opção de área? 

Esperemos os próximos "episódios" dessa "série" para saber se nossas dúvidas serão dirimidas.  (Márcio Marshal)

CÂMARA APROVA LEI DE PROJETO DE LEI QUE TORNA LEI DAS COTAS PERMANENTE E AMPLIA COTAS À QUILOMBOLAS.

Quinta feira, 10 de agosto de 2023

Nesta quinta feira (10/08) a Câmara Federal aprovou o Projeto de Lei (PL) da deputada Maria do Rosário (PT-RS) que torna a política de cotas nas Universidades Federais do país permanente e muda alguns critérios para o ingresso como cotista.

Segundo o texto aprovado, o sistema de cotas deve ser revisado à cada dez anos afim de corrigir possíveis distorções. A atual política de cotas entrou em vigor em 2012 e previa uma revisão no ano passado (2022), mas essa revisão se deu apenas em 2023, ou seja, com um ano de atraso. Em relação ao sistema atual que reserva 50% das  das vagas em Universidades e Institutos Federais, o texto prevê algumas mudanças. Confira as principais:

1 - Atualmente, para concorrer como cotista, além de ter cursado o ensino médio em escola pública, o estudante não pode ultrapassar 1,5 salário mínimo por pessoa da família. Pela proposta, a limite passa a ser de apenas 1 salário mínimo per capita;

2 - O estudante cotista, pela nova proposta, disputará as vagas gerais, chamadas de ampla concorrência, e, caso não alcance a média de aprovação, será então encaminhado para disputar as vagas reservadas aos cotistas. No atual sistema, os estudantes só concorriam pelas vagas reservadas às cotas; e

3 - Também pela nova proposta, a política de cotas também se aplica à vagas destinadas à cursos de pós-graduação como mestrado e doutorado, por exemplo, mas nesse caso, os percentuais serão definidos pelas universidades.

Segundo a União Nacional dos Estudantes (UNE), a aprovação do projeto é "uma vitória para os estudantes". Ainda segundo a entidade "Hoje, os estudantes negros e pardos representam mais de 50% das matrículas nas instituições federais, após dez anos de Cotas. Foi necessário, portanto, uma década para que a representatividade do nosso país estivesse refletida também no ensino superior."

Agora, a PL segue para ser votada no Senador Federal.

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/politica/camara-aprova-revisao-da-lei-de-cotas-nas-universidades-federais-entenda-as-mudancas/

NOTA: Infelizmente, nosso país é uma nação de extremas desigualdades. O acesso à educação de qualidade, como diz a Constituição, deveria ser direito de todos. Como isso não é possível, a política de cotas é um remédio que ajuda a diminuir o sintoma desse mal e, embora não consiga curar esta "doença" chamada desigualdade, desde que foi implementada têm contribuído para ameniza-la. Gostaria de destacar dois pontos positivos: 1 - O fato de os cotistas inicialmente concorrerem às vagas da ampla concorrência, pode ajudar a abrir mais vagas para alunos mais que se enquadram nos critérios dos cotistas; 2 - A previsão de revisão do sistema a cada dez anos é positiva, em minha opinião, pois possibilita a correção de distorções, uma vez que o  sistema não é perfeito e dada o dinamismo da economia e da sociedade.   (Márcio Marshal)